Texto : Caneta Acabadinha
Certo dia uma menina chamada Carolina ganhou de presente uma caneta antiga de sua avó. Ela era linda, banhada a ouro e muito formosa.
Carolina gostou, mas como toda criança preferia ganhar um brinquedo, por isso pegou a caneta e a jogou dentro da mochila junto com os outros materiais.
A caneta vendo a reação da menina se entristeceu e lamentou:
- Puxa, que coisa! Pensei que minha dona iria ficar contente com a minha presença!
Ouvindo as lamentações da caneta, os outros materiais disseram:
- Ei, caneta, não fique triste! - Falou o estojo.
E o caderno completou:
- É não fique assim, você vai acabar se acostumando como nós. Carolina não dá muita atenção pra gente!
Ela reanimou, mas ainda guardava um nó na garganta.
Nos dias de aula, a menina só usava essa caneta, acontece que Carolina era relaxada, a mordia e deixava que ela se enferrujasse.
Sua vó vendo a situação do presente que havia dado falou:
- Minha neta, essa caneta está acabadinha! Tenha mais cuidado com ela!
Daí que veio a idéia do nome da caneta: a Acabadinha.
Outro dia, Acabadinha voltou a chorar e disse:
- A quem eu quero enganar! Eu não sirvo pra nada!
E respondeu Borrachilda, a menor borracha de Carolina:
- Você é muito valiosa! É feita de ouro! E eu nem sei do que sou feita!
Assim todos os materiais falaram coisas boas de Acabadinha.
- Você é linda! - Disse a régua.
- É chiquérrima! - Exclamou o livro.
E a caneta ficou toda pomposa. Mas tudo mudou, pois um dia, Carolina mostrou Acabadinha pra todos e no fim da tarde, quando ela foi procurar “cadê a caneta?” Roubaram a pobrezinha.
Pra ela foi legal, afinal a outra dona – a Flávia – cuidava dela, porém a saudade por Carolina e pela vovó era muito grande.
Enquanto a garota chorava, chorava procurando sua caneta dourada, Acabadinha estava conversando com os materiais de Flávia e pediu:
- Por favor, falem com a Flávia para me devolver para a Carolina. Aliás ela me roubou !
Os materiais conversaram entre si, decidiram o que fazer e resolveram:
- Paty, você é a caneta mais linda da Flávia, podemos te pintar de dourado? Assim irá parecer de ouro! – Disse o apontador Geraldo.
A Paty então respondeu:
- Ok! Se for para ficar mais bonita, eu aceito!
Quando Flávia viu a caneta dourada se apaixonou ainda mais do que por Acabadinha, afinal ela estava enferrujada.
No dia seguinte, ela devolveu a caneta à sua dona, pediu desculpas e foi quando Carolina disse:
- Obrigada por tê-la roubado!
- O quê? Obrigada? Por quê? - Perguntou Flávia.
- Carolina respondeu toda feliz
- Porque só quando eu perdi que dei valor!
Acabadinha ficou tão contente que deu pulos de alegria e sorriu e como a melhor amiga de Carolina, a caneta viveu feliz para o resto da sua duração.
Moral: Velho ou não, um presente é uma recordação!
Autoras: Jiovana Barbosa Cassan e Esther Fagundes, 6.o ano C.
Disciplina: Português.
2 comentários:
Esse texto que a Esther e eu fizemos esta muito bom. Gostei muito.
Esse texto que a Esther e eu fizemos esta muito bom. Gostei muito.
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